A redução na oferta de hortaliças da região metropolitana nesta época do ano é o principal fator para a elevação das cotações na Ceasa de Curitiba. Segundo informações da Divisão Técnica da empresa, a produção de folhosas do cinturão verde da capital é substituída por produtos mais resistentes às baixas temperaturas da estação, e as áreas plantadas que não possuem cobertura sofrem perdas em função das geadas.

Para suprir a demanda regular, o mercado atacadista intensifica transferências do litoral do Paraná, e de regiões produtoras de outros estados, principalmente de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, embora a custos agregados como transporte. As cotações oscilam de acordo com os volumes ofertados no dia, também influenciadas pela qualidade dos produtos.

O comportamento pode ser verificado na vagem macarrão extra AA (+ 50%), pepino salada extra AA (+42,86 %), tomate extra AA (+ 16,67 %), abobrinha verde extra AA (+ 25 %), repolho híbrido grande(+ 15,38 %) e pimentão verde também extra AA (de melhor qualidade, com 25 %) . São produtos com oferta reduzida na região metropolitana, ou como no caso do pimentão e do tomate, 100 por cento transferidos de outros estados.

A oferta de alface crespa grande foi restabelecida nesta semana, e a cotação permanece estável. Chuchu extra AA e couve flor grande aparecem com redução de preço de 8 por cento e 16,67 por cento, respectivamente. Entre as frutas, os registros de melhor oferta e queda de cotação foram em produtos da estação, como laranja e limão. Melão amarelo grande e manga tomy, em alta, chegam à capital com preços estabelecidos na origem, uma vez que não são produzidos em escala comercial na região.

Entre os 30 hortigranjeiros de maior comercialização na Ceasa de Curitiba, doze estão com cotações idênticas à semana anterior, doze em alta e seis em baixa, comparados à semana anterior.