Banana, uma fruta universal 01/03/2016 - 07:00
A banana é uma fruta de consumo universal, e segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), é a fruta mais consumida pelos brasileiros e a segunda no mundo. É rica em carboidratos e potássio, e em vitamina A e C.
As bananeiras existem no Brasil desde antes do seu descobrimento. Quando Cabral aqui chegou, encontrou os indígenas comendo in natura bananas de um cultivar muito digestivo que se supõe tratar-se do “Branca” e outro, rico em amido, que precisava ser cozido antes do consumo, chamado de “Pacoba” que deve ser o cultivar Pacova. É interessante lembrar que a palavra pacoba, em guarani, significa banana.
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de banana, com 9,80% do total, e para os brasileiros em geral, ela não é apenas uma fruta, mas um complemento de sua alimentação diária. O maior produtor e consumidor é a Índia.
A banana é apreciada por pessoas de todas as classes e de qualquer idade, que a consomem in natura, frita, assada, cozida, em calda, em doces caseiros ou em produtos industrializados.
A importância da bananicultura varia de local para local, assim como de país para país. A produção brasileira de banana está distribuída por todo o território nacional, sendo a região Nordeste a maior produtora (34%), seguidas das Regiões Norte (26%), Sudeste (24%), Sul (10%) e Centro-Oeste (6%). A área plantada no Brasil é de cerca de 520 000 ha, dos quais a Bahia participa com cerca de 48 293 ha, ocupando a terceira posição no cenário nacional.
No Paraná o volume comercializado pelas cinco Ceasas em 2015 chegou a 91.315.704 toneladas, sendo que na Ceasa de Curitiba 53% da banana vieram dos municípios produtores de Santa Catarina – entre eles de Corupá, Massaranduba, Joinville, Luiz Alves, São Bento do Sul, Jaraguá do Sul e Garuva. A produção paranaense de banana comercializadas nos mercados atacadistas vêm principalmente do litoral do Estado, de Guaratuba, Morretes, Antonina, Matinhos e Guaraqueçaba.
O grande volume de bananas nos mercados, pode ser explicado por vários fatores, entre os quais destaca-se a possibilidade de produção continuada durante todo ano.
Cotações e informações técnicas
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, em janeiro de 2016, a banana como a maioria das furtas nesse período analisado, não apresentou movimento uniforme na variação de preços em todos os mercados analisados. Aumentos de preços significativos foram registrados nos entrepostos de Fortaleza/CE (9,%), de Vitória/ES (26%), e do Rio de Janeiro/RJ (33%). Já nos demais mercados as cotações da fruta caíram, em relação ao mês anterior, nos percentuais de 5,9% em São Paulo/SP,,8,3% em Campinas/SP, e 15% em Curitiba/PR.
No comparativo realizado pela Divisão Técnica – Ditec, da Ceasa Paraná, a caixa de 22 quilos da banana caturra de primeira, variou de R$ 25 a R$ 18 no mês de janeiro. Na última semana de fevereiro deste ano, o preço médio praticado no atacado da Ceasa Curitiba estava em R$ 20.
Ainda conforme o boletim informativo da Conab, basicamente, a ótica da oferta do produto é capaz de explicar a variação de preços ocorrida para essa fruta. Nos mercados em que foram verificados aumentos nas cotações, a queda na disponibilidade do produto foi fator importante. No Rio de Janeiro, como exemplo, a oferta total de banana caiu 16%. Em contrapartida, nos mercados em que houve movimento inverso de preços, a oferta foi levemente incrementada. As chuvas ocorridas no final de 2015 e início de 2016 ajudaram a alavancar a produtividade em algumas lavouras e, com o prosseguimento do período chuvoso em algumas regiões produtoras, a quantidade e qualidade da fruta comercializada pode continuar sendo favorecida.
Fonte: Abracen / Ceasa Campinas / Conab