Combater o desperdício, evitar a geração de resíduos e o tema central da série de palestras que estão sendo dirigidas inicialmente aos produtores e atacadistas que trabalham na Ceasa Curitiba. As palestras estão sendo feitas pela zootecnista Cinthia Chico, especialista em gestão ambiental e coordenadora de resíduos sólidos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Sema, do Governo do Estado.

Segundo a engenheira agrônomo Vera Niedzieluk, diretora técnica da Ceasa Paraná “a ação faz parte da série de trabalhos que a empresa vem realizando no sentido de sensibilizar produtores, atacadistas, funcionários, carregadores, compradores para que atuem de forma coordenada para se evitar o desperdício, reduzindo desta forma a geração de resíduos sólidos nas unidades”.

“Estamos nos adequando às exigências da Legislação Ambiental vigente, através da execução do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS. Os resíduos produzidos no interior da Ceasa em sua grande maioria são de origem orgânica, para os quais estamos desenvolvendo estudos no sentido de reaproveitá-los”, diz Vera Niedzieluk. Uma das opções seria utilização desses resíduos orgânicos na fabricação de adubo orgânico (compostagem) e biodigestor para a produção de energia elétrica, minimizando assim o impacto ambiental trazido pela geração de resíduos produzidos no mercado, completa a diretoria técnica da Ceasa.

Para o engenheiro agrônomo, Marcos Valério de Freitas Andersen, diretor agrocomercial da Ceasa Paraná, “mais que uma questão de legislação, PGRS é uma questão de consciência de todos que atuam no mercado atacadista da empresa”. “Trabalhamos diretamente com alimentos, na comercialização de hortigranjeiros. E nada melhor do darmos bons exemplos, ajudando a eliminar o desperdício, diminuindo o volume de resíduos orgânicos, fazendo a separação e coleta dos materiais recicláveis gerados nas unidades das Ceasas do Paraná tendo desta forma um ambiente mais limpo e saúdavel”, explica Marcos Valério de Freitas Andersen.

O diretor lembra ainda que a empresa já vem realizando estratégias para diminuir a geração de resíduos em suas cinco unidades no Estado – Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel. Entre esses trabalhos estão o programa Banco de Alimentos, que faz o reaproveitamento dos excedentes da comercialização, que depois de selecionados e separados são doados para instituições cadastradas junto à empresa. Outra atividade já em execução foi a criação da associação de coletores de recicláveis, que faz a coleta dos chamados resíduos sólidos gerados dentro das unidades.

Estima-se que por dia a Ceasa Curitiba gere em média entre 20 a 25 toneladas de resíduos que são levados para o aterro sanitário. “Nossa intenção é diminuir esse volume num curto espaço de tempo. Além das gestões do Ministério Público, que estão limitando o uso do Aterro Sanitário da Caximba, em Curitiba, temos a preocupação em racionalizarmos e melhorarmos a distribuição e comercialização de hortigranjeiros no atacado”, afirma Marcos Valério de Freitas Andersen.