Ceasas do Paraná promovem ações de combate ao mosquito da dengue
25/02/2016 - 12:00
Além da distribuição de folhetos informativos de como proceder para evitar as doenças transmitidas pelos mosquito, estão sendo realizadas nas unidades palestras com técnicos da Secretaria de Saúde, das suas respectivas regionais, para agricultores, permissionários e funcionários das empresas, trabalhadores, compradores que atuam nos mercados atacadistas da Ceasas. A programação, que se encerra na sexta-feira (26), envolve atividades educativas, mutirões de limpeza, instalação de armadilhas contra o mosquito, realização de exames, entre outras ações. Na Ceasa de Londrina as ações irão acontecer ao longo do próximo mês
Segundo o diretor agrocomercial da Ceasa Paraná, João Luiz Simões Cordeiro, o objetivo é manter os mercados atacadistas livres de focos do mosquito e também auxiliar no trabalho de conscientização da população. “Entramos na luta contra o Aedes aegypti junto com a Secretaria Estadual da Saúde. A proposta é desenvolver ações como esta todo mês, incorporando o combate ao mosquito à rotina das unidades”, afirmou.
Somente na Ceasa de Curitiba passam diariamente cerca de 15 mil pessoas. “É mais que a população de muitos municípios do Paraná. Desta forma, poderemos ser um importante instrumento de difusão da informação”, complementa João Luiz Simões Cordeiro.
Além da capital, a Ceasa mantém também unidades em Cascavel, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu. Os locais são considerados áreas de risco para a dengue, sobretudo por causa do grande fluxo de pessoas vindas de regiões endêmicas e o acúmulo de resíduos sólidos e materiais orgânicos.
"Eliminar criadouros é fundamental"
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Dengue, Zika e Chikungunya, Themis Buchmann, a eliminação de criadouros do mosquito dentro da Ceasa é fundamental para evitar que o inseto se espalhe por todo o Estado.
“A conscientização dos permissionários, transportadores, consumidores e demais pessoas que frequentam a Ceasa é fundamental. Por isso, estamos distribuindo materiais educativos e promovendo palestras para explicar de que forma cada um pode contribuir nesta guerra”, ressaltou a coordenadora.
Técnicos da Secretaria Estadual da Saúde também estão instalando armadilhas do tipo ovitrampa e adultrap nas unidades e arredores para verificar a presença de mosquitos. O trabalho permite monitorar qual espécie é mais frequente e ajuda as autoridades de saúde a desenvolver medidas de prevenção.
Apesar de Curitiba ainda não registrar casos autóctones de dengue (quando o paciente é infectado na própria cidade), o município já contabiliza 268 casos importados no atual período epidemiológico, o que faz com que as autoridades de saúde fiquem em alerta. “Sabemos que o Aedes aegypti circula na capital e por isso existe sim o risco de transmissão de dengue dentro da cidade. Isso ressalta ainda mais a importância de focar na eliminação de qualquer objeto ou local que possa acumular água”, disse o diretor da 2ª Regional Metropolitana de Saúde, Helder Lazarotto.
Além das secretarias da Saúde – Sesa, da Agricultura e do Abastecimento – Seab, são também parceiros dessas atividades na Ceasa Curitiba o Sindaruc, Aprotiba, Embrasil, Cavo Serviços de Saneamento, GDS Serviços Terceirizados, DelSeg Limpeza e Conservação e Atual Controle de Pragas. Nas Ceasas de Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu, as ações também contam com apoio das respectivas associações de produtores e dos permissionários, além das respectivas Regionais da Saúde.
Fotos: Venilton Küchler - Sesa / Divulgação Ceasa Paraná