Frio faz média de preços subir no atacado e "cachorro quente" fica mais caro na Ceasa 16/05/2008 - 11:20

A diminuição da incidência de chuvas na última semana, em Curitiba e Região Metropolitana, colaboraram de sobremaneira para a estabilidade da média de preços dos 29 principais produtos comercializados no atacado da Ceasa Curitiba. No levantamento realizado semanalmente pela Divisão Técnica e Econômica – Ditec, da Ceasa Paraná, houve uma pequena elevação de 1,84% na média das cotações no mercado se comparados à semana anterior. Mas os preços estão ainda 10,66% superiores aos praticados um mês atrás.

“É normal que tenhamos essas variações de preços neste período de outono/inverno. Com o clima frio, o agricultor antecipa um pouco a colheita com receio das geadas. Mesmo assim temos boas alternativas e produtos com qualidade para o consumo de hortigranjeiros”, diz João Batista Veiga, gerente do Mercado do Produtor da Ceasa Curitiba.

Sobre as cotações dos produtos na Ceasa, João Batista Veiga explica que “apesar de 12 produtos terem diminuído de preços em ralação ao começo da semana, contra 8 que subiram de preços, a média ficou retraída pela entrada das safras de batata, aipim repolho, tangerina, tanto do Paraná como dos estados vizinhos. “Como não tivemos chuvas nos últimos dias, o agricultor teve facilidade para a colheita. Mas cada produto tem a sua história”, afirma o gerente do Mercado do Produtor.

O saco de 50 quilos da batata comum especial lavada esta cotada em média a R$ 38 (redução de 9,5%). A caixa de 22 quilos do aipim tipo comum, R$ 11 (redução de 8,3%). O saco de 30 quilos, do repolho tipo híbrido grande, R$ 5 (redução de 16,6%). A caixa de 21 quilos da tangerina ponkan, R$ 15 (redução de 11,7%).

“Cachorro quente mais caro”

Entre as principais oscilações nas cotações nesta semana, encontramos o tomate, pimentão e cebola. “A tendência é que estes produtos tenham menor procura no momento por dois motivos. Diminuição na oferta, e preços em alta. Mas tão logo a oferta esteja mais estável, as cotações também ficarão mais acessíveis”, diz João Batista Veiga lembrando ainda que o “o cachorro quente ficou mais caro nesta semana”, fazendo referência aos produtos que integram o tradicional “molho” do sanduíche popular – pão com vina e temperos.

No comparativo realizado pelo Ditec, a caixa de 23 quilos do tomate tipo extra 2A esta em média R$ 45 (alta de 18,4% se comparados à última segunda-feira (12 de maio). O saco de 20 quilos da cebola tipo pera nacional, R$ 27 (alta de 17,3%). A caixa de 23 quilos do pimentão verde extra 2A, cotado em média a R$ 20 (alta de 33,3%).