A Central de Abastecimento de Maringá fechou o mês de março último com uma comercialização 19,3 por cento superior à de fevereiro, ofertando 8.733 toneladas. Esta foi, segundo dados estatísticos da Divisão Técnica da empresa, a maior movimentação dos dois últimos anos. Segundo a gerente da unidade Suely Bertolo, o aumento é reflexo do anúncio feito pelo vice-governador Orlando Pessuti de que os governos federal e estadual estarão investindo cerca de R$ 800 mil em infra-estrutura e ampliação até o final do ano, o que injetou novo ânimo nos permissionários. Os recursos serão aplicados na adequação do Banco de Alimentos, ampliação do Pavilhão do Produtor e na construção de um novo estacionamento, uma antiga reivindicação dos produtores, comerciantes e clientes.

Obras

É o primeiro grande investimento feito na central atacadista de Maringá, desde que foi inaugurada em 1987. A Unidade gera hoje 670 empregos diretos e 2 mil indiretos, com 81 empresas atacadistas instaladas, comercializando hortigranjeiros para vários pontos do País, como São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e também para o Paraguai. Um dos problemas enfrentados ao longo do tempo foi a intensificação do tráfego da Pr 317 onde a Ceasa foi construída. Circulam por dia na unidade 480 veículos de carga, e cerca de 1.400 pessoas. Imensas filas às margens da rodovia, no acesso ao mercado, oferecem riscos tanto aos fornecedores quanto aos compradores. O novo estacionamento vai acrescentar mais 100 vagas, e contar também com salas de descanso com chuveiros e sanitários.

Segundo Suely Bertolo, o investimento vai adequar a estrutura existente às novas exigências do mercado, como a ampliação do pavilhão do produtor. “Temos atualmente programas de incentivo ao desenvolvimento da agricultura familiar dos governos federal através do Ministério de Desenvolvimento Social e estadual, através da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, e vamos oferecer espaços adequados para a comercialização da produção do segmento”, explica. Atualmente, cerca de 300 produtores da região estão cadastrados na central.

O Banco de Alimentos, programa social que organiza a coleta, seleção , higienização e a destinação dos produtos excedentes do mercado, também vai ser ampliado com a construção de uma cozinha industrial com 210 metros quadrados onde serão realizados cursos de nutrição e utilização integral dos alimentos.

A Ceasa de Maringá integra a estrutura de abastecimento alimentar da Centrais de Abastecimento do Paraná S/A, empresa vinculada à secretaria da Agricultura e do Abastecimento, com unidades ainda em Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu e Cascavel.