Mercado aquecido, preços estáveis na Ceasa Curitiba 09/05/2008 - 12:00
As fortes chuvas, os problemas climáticos – fortes ventos – e as dificuldades para a colheita dos produtos na lavoura nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, fizeram com que os mercados atacadistas das Ceasas do Paraná se mantivessem aquecidos e com bom movimento nesta semana. Compradores de outras regiões, principalmente desses dois estados, buscaram se abastecer nas Ceasas do Paraná para atenderem também as suas demandas junto ao varejo e consumidores.
Devido as chuvas de granizo na região de Maringá, que prejudicou parte da lavoura e colheita de hortigranjeiros naquele município, os atacadistas da unidade da Ceasa Maringá também buscaram se abastecer na Ceasa de Curitiba.
Mas apesar do aumento na procura de hortigranjeiros produzidos no Estado, isso não representou necessariamente uma pressão na alta dos preços praticados no mercado atacadista da Ceasa Curitiba. Segundo o levamento semanal realizado pela Divisão Técnica e Econômica – Ditec, a média pondera de preços dos 29 principais produtos comercializados na Ceasa de Curitiba estão 2,14% inferiores se comparados entre quinta-feira, dia 8 de maio, e quarta-feira, dia 7 de maio. No “placar” dos produtos 14 permaneceram com preços estáveis, 9 subiram de preços, e 6 apresentam baixa no dia.
As principais baixas ficaram por conta de dois produtos com procedência paranaense: a cebola pera nacional e cenoura tipo Nantes 2A, reduções respectivamente de 20% e 13%. O saco de 20 quilos da cebola pode ser encontrado em média a R$ 20, enquanto que a caixa de 23 quilos da cenoura esta em média também a R$ 20. Seguem depois com baixa nos preços a banana caturra de primeira, caixa com 22 quilos, cotada em média a R$ 13 (redução de 7%); tomate tipo extra 2A, caixa com 23 quilos, cotado em média a R$ 40 (redução de 4,7%); batata comum especial, saco com 50 quilos, cotado em média a R$ 42 (redução de 6,6%); e limão tahiti, tipo médio, caixa com 26 quilos, cotado em média a R$ 15 (redução de 6%).
As principais altas no dia ficaram por conta da abóbora seca, quilo cotado a R$ 0,65 (alta de 30%), alface tipo crespa, caixa com 18 unidades, cotada em média a R$ 10 (alta de 25%) e couve flor grande, dúzia a R$ 20 (alta de 33%).
Mas ainda segundo o comparativo do Ditec, a média de preços se comparados ao mês anterior – 7 de abril com 8 de maio, estão 3,9% superiores.
Orientação da Ceasa
Segundo Paulo Ikeda, gerente da Ceasa Curitiba, neste período de instabilidade climática, com a entrada de frentes frias, chuvas, frio e geadas o consumidor deve ficar sempre atento às bruscas alterações das cotações das frutas, verduras e legumes. “O principal regulador de preços neste momento é o consumidor. Ao notar uma alta significativa em algum produto, o ideal é que o consumidor busque substituir esse hortigranjeiro por outro. Isso ajuda até mesmo na diversificação alimentar, e a criação de novas receitas”, diz Paulo Ikeda.