Entressafra de produtos, chuvas no Nordeste, movimentos reivindicatórios dos auditores fiscais da Receita Federal em Foz do Iguaçu, e grevistas dos caminhoneiros argentinos. Essa combinação de fatores fez com que os preços médios, dos 29 principais hortigranjeiros comercializados no atacado da Ceasa Curitiba, apresentassem uma elevação de 11,52%. No comparativo realizado pela Divisão Técnica e Econômica – Ditec, da Ceasa Paraná 14 produtos subiram de preços, 10 produtos baixaram de preços e outros cinco permaneceram com as cotações estáveis se comparados ao último dia 31 de março.

Para o gerente da Ceasa Curitiba, Paulo Ikeda, “a média de preços foi puxada principalmente pela diminuição das ofertas de tomate, cebola, vagem macarrão e mamão comum”. “Alguns produtos como o tomate e a cebola, se encontram no momento no período de entressafra no Estado. A maior parte do mamão comercializado nas Ceasas do Paraná vem do Nordeste, mas as chuvas da última semana naquela região tem dificultado a colheita e o escoamento da produção”, observa Paulo Ikeda. Neste período a safra argentina de cebola abastece parte do mercado brasileiro, mas o país vizinho vem também enfrentando problemas para escoar a produção. Além da greve dos agricultores e caminhoneiros argentinos, o movimento dos auditores fiscais da Aduana em Foz do Iguaçu também tem prejudicado a entrada de produtos no Brasil.

Ainda segundo o gerente da Ceasa Curitiba a orientação é para que o que o consumidor acompanhe a evolução dos preços, “e busque sempre que possível adquirir os hortigranjeiros que estão mais em conta, ou que apresentem baixa nas cotações”. “E o caso das folhosas, como alface e couve-flor. A batata e tangerina também apresentam preços em baixa e estáveis”, diz Paulo Ikeda.