A mudança de uma monocultura, o fumo, para a diversificação da produção e comercialização de hortigranjeiros, flores e outros tipos de alimentos. Esse é o trabalho que começa a ser ampliando junto a 12 municípios que integram parte das regiões Centro-Sul do Estado. No encontro realizado no Centro de Eventos da Emater, em Irati, 180 produtores estiveram reunidos com representantes da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento – Seab e empresas vinculadas, para avaliar e discutir a implantação de novas culturas para o desenvolvimento agrícola da região.

Segundo o engenheiro agrônomo Marcos Valério de Freitas Andersen, diretor agro comercial da Ceasa Paraná, um dos representantes do Estado no encontro em Irati, “a região tem um importante potencial agrícola, e deverá receber mais incentivos para a diversificação de culturas alternativas de alimentos”, disse o diretor da Ceasa. Segundo levantamento inicial realizado pela Secretaria de Agricultura e do Abastecimento – Seab, a região já produz boas safras de ameixa, uva, kiwi, morando, amora entre outras. “Porém um dos entraves encontrados é a comercialização e escoamento dessas produções para outros centros consumidores. Vamos ajudar a viabilizar instalações de câmaras frias e outros equipamentos para beneficiamento dos produtos, auxiliando também a comercialização na região. É uma alternativa a mais para a região e que favorecerá no crescimento da economia local”, afirmou Marcos Valério.

O governo do Estado deverá utilizar recursos do Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais – Pronat para financiar as novas alternativas de produção para os agricultores, ajudando dessa forma a fortalecer iniciativas de substituição do cultura de tabaco na região. Um conselho gestor da região, composto por entidades da sociedade civil da região deverá gerenciar a aplicação desses recursos e a suas implantações na região.

O que é o programa - O Pronat, programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA tem como objetivo promover, planejar e implementar a auto-gestão do desenvolvimento sustentável dos territórios rurais e o fortalecimento e dinamização de sua economia.

Em 2006, o MDA patrocinou 66 projetos no estado, contabilizando cerca de R$ 5,5 milhões em investimentos para a agricultura familiar, de acordo com dados do Sistema de Informações Territoriais da Secretaria de Desenvolvimento Territorial - SDT/MDA.