Região de Ivaiporã promove agricultura orgânica 10/10/2006 - 10:46
A Comissão Regional de Agricultura Orgânica de Ivaiporã, que envolve 20 instituições oficiais e privadas e atende 22 municípios, já contabiliza resultados positivos na produção da agricultura orgânica. Em menos de cinco anos já atendeu com repetição mais de 2,1 mil interessados no tema.
Outra conquista é a realização do 4º Encontro Regional da Agricultura Orgânica do Vale do Ivaí, realizado nesta quinta-feira (5), no Salão Paroquial da Igreja Bom Jesus, para 550 agricultores familiares participantes, inclusive convidados dos municípios integrantes das regiões de Londrina, Apucarana e Maringá.
O público urbano também é contemplado porque poderá visitar e comprar produtos orgânicos nas 27 lojas instaladas por agricultores, associações e empresas dentro do mesmo salão onde acontecem amanhã, 6, das 10h às 19h o 2º Encontro de Comercialização e Feira de Produtos Orgânicos, quando são esperados mais de 2,5 mil visitantes.
A nutricionista Silvia do Amaral, vice-presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar (Consea-PR), considera agricultura orgânica a forma adequada de produzir alimento, sem oferecer risco à saúde de quem produz e de quem consome, além da proposta positiva para as questões sociais e ambientais. “O ponto polêmico dentre os estudiosos é a qualidade nutricional dos sistemas de produção convencional e orgânico, embora ache a qualidade na saúde fator relevante dos orgânicos que supera a questão nutricional, proporcionando aos consumidores maior resistência às doenças, aumento da fertilidade humana e da longevidade”, afirma.
O executor regional do Programa de Agroecologia da Emater, engenheiro agrônomo Paulo Henrique Lizarelli, lembra que o propósito é evoluir em tecnologia e também em conscientização da população sobre a importância econômica e social da agricultura orgânica, trazendo as melhores informações para serem apresentadas em oficinas temáticas e dar acesso dos produtos aos consumidores da região nos pontos de venda.
Os eventos programados, diz Marcos Aparecido Batista, consultor do Sebrae e membro da comissão, faz parte da estratégia de reciclagem dos atuais 85 agricultores familiares beneficiados e da capacitação de mais 50 pessoas que estão sendo treinadas desde setembro e duração de um ano, distribuídas nos municípios de Arapuá, Ariranha, Godoy Moreira e Ivaiporã.
Participam da realização dos encontros e da feira, que tem como lema “alternativas para agricultores e saúde para consumidores”, o Governo do Paraná, Seab, Emater, Sebrae, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Comissão Regional da Agricultura Orgânica do Vale do Ivaí, composta pela Apoari, Apomar, Apovi, Assentamento 8 de Abril, Biovale, Biovida, Cresol, CPRA, Embrapa, Fetaep, Fundação Mokiti Okada, Iap, Iapar, Instituto Ivaí, Senar, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Uel e Casa Família Rural.
Atrativos para segurar a atenção dos participantes não faltam. Foram convidados especialistas das mais diversas áreas do conhecimento pautado na agricultura orgânica. Um é o padre Natalício , lembrando das parábolas de Jesus baseadas na terra e admiração aos produtores de alimentos. Outro é o Grupo Araucária de Teatro, de 12 integrantes adolescentes do Assentamento 8 de Abril do município de Jardim Alegre e seis meses de criação, que diverte e contribui na educação crítica dos participantes dos eventos com a peça Paga Zé.
“Participar disso tudo é muito importante porque desperta os agricultores e os consumidores para o valor da vida proporcionado pela agricultura orgânica”, afirma o cafeicultor Arthur Favaro, 61 anos, do Sítio Santa Amélia, de 32 hectares localizado no Bairro Gleba Dorado, município de Jandaia do Sul e associado da Associação Pé na Terra, da região de Maringá.
Cultivando 60 mil pés em 21 hectares, colheu na última safra 400 sacas beneficiadas e certificadas pelo Instituto Bio-Dinâmico, ele programou a destinação da produção para o mercado orgânico europeu e norte-americano. “O curso que fiz durante os três últimos anos promovido pela Emater e Sebrae é que mudou a minha cabeça de não mexer com agrotóxico no café”, conclui Favaro.
Criada pela percepção dos consumidores urbanos preocupados com o sistema convencional que faz uso dos agrotóxicos na produção de alimentos para garantir produtos fora do clima e da época, a agricultura orgânica em menos de uma década ganha força no Paraná.
Atualmente são produzidas 79 mil toneladas de alimentos orgânicos por 4,4 mil produtores na atividade. Dentre os vegetais estão soja, café, hortaliças, frutas, plantas medicinais, feijão, milho, mandioca e açúcar-mascavo. Na produção animal, estão leite, ovos e frangos.
Despontam na produção de orgânicos a Região Metropolitana de Curitiba, o Noroeste com referência Maringá, o Oeste com Francisco Beltrão, Ponta Grossa, União da Vitória, Litoral e o Centro com Ivaiporã, abrangendo o Vale do Ivaí, que já tem promessa de contar a partir de 2007 com a primeira unidade do Ceasa, centralizando a distribuição dos orgânicos para o Paraná e o Brasil, anuncia o prefeito municipal Célio Pereira.
Outra conquista é a realização do 4º Encontro Regional da Agricultura Orgânica do Vale do Ivaí, realizado nesta quinta-feira (5), no Salão Paroquial da Igreja Bom Jesus, para 550 agricultores familiares participantes, inclusive convidados dos municípios integrantes das regiões de Londrina, Apucarana e Maringá.
O público urbano também é contemplado porque poderá visitar e comprar produtos orgânicos nas 27 lojas instaladas por agricultores, associações e empresas dentro do mesmo salão onde acontecem amanhã, 6, das 10h às 19h o 2º Encontro de Comercialização e Feira de Produtos Orgânicos, quando são esperados mais de 2,5 mil visitantes.
A nutricionista Silvia do Amaral, vice-presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar (Consea-PR), considera agricultura orgânica a forma adequada de produzir alimento, sem oferecer risco à saúde de quem produz e de quem consome, além da proposta positiva para as questões sociais e ambientais. “O ponto polêmico dentre os estudiosos é a qualidade nutricional dos sistemas de produção convencional e orgânico, embora ache a qualidade na saúde fator relevante dos orgânicos que supera a questão nutricional, proporcionando aos consumidores maior resistência às doenças, aumento da fertilidade humana e da longevidade”, afirma.
O executor regional do Programa de Agroecologia da Emater, engenheiro agrônomo Paulo Henrique Lizarelli, lembra que o propósito é evoluir em tecnologia e também em conscientização da população sobre a importância econômica e social da agricultura orgânica, trazendo as melhores informações para serem apresentadas em oficinas temáticas e dar acesso dos produtos aos consumidores da região nos pontos de venda.
Os eventos programados, diz Marcos Aparecido Batista, consultor do Sebrae e membro da comissão, faz parte da estratégia de reciclagem dos atuais 85 agricultores familiares beneficiados e da capacitação de mais 50 pessoas que estão sendo treinadas desde setembro e duração de um ano, distribuídas nos municípios de Arapuá, Ariranha, Godoy Moreira e Ivaiporã.
Participam da realização dos encontros e da feira, que tem como lema “alternativas para agricultores e saúde para consumidores”, o Governo do Paraná, Seab, Emater, Sebrae, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Comissão Regional da Agricultura Orgânica do Vale do Ivaí, composta pela Apoari, Apomar, Apovi, Assentamento 8 de Abril, Biovale, Biovida, Cresol, CPRA, Embrapa, Fetaep, Fundação Mokiti Okada, Iap, Iapar, Instituto Ivaí, Senar, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Uel e Casa Família Rural.
Atrativos para segurar a atenção dos participantes não faltam. Foram convidados especialistas das mais diversas áreas do conhecimento pautado na agricultura orgânica. Um é o padre Natalício , lembrando das parábolas de Jesus baseadas na terra e admiração aos produtores de alimentos. Outro é o Grupo Araucária de Teatro, de 12 integrantes adolescentes do Assentamento 8 de Abril do município de Jardim Alegre e seis meses de criação, que diverte e contribui na educação crítica dos participantes dos eventos com a peça Paga Zé.
“Participar disso tudo é muito importante porque desperta os agricultores e os consumidores para o valor da vida proporcionado pela agricultura orgânica”, afirma o cafeicultor Arthur Favaro, 61 anos, do Sítio Santa Amélia, de 32 hectares localizado no Bairro Gleba Dorado, município de Jandaia do Sul e associado da Associação Pé na Terra, da região de Maringá.
Cultivando 60 mil pés em 21 hectares, colheu na última safra 400 sacas beneficiadas e certificadas pelo Instituto Bio-Dinâmico, ele programou a destinação da produção para o mercado orgânico europeu e norte-americano. “O curso que fiz durante os três últimos anos promovido pela Emater e Sebrae é que mudou a minha cabeça de não mexer com agrotóxico no café”, conclui Favaro.
Criada pela percepção dos consumidores urbanos preocupados com o sistema convencional que faz uso dos agrotóxicos na produção de alimentos para garantir produtos fora do clima e da época, a agricultura orgânica em menos de uma década ganha força no Paraná.
Atualmente são produzidas 79 mil toneladas de alimentos orgânicos por 4,4 mil produtores na atividade. Dentre os vegetais estão soja, café, hortaliças, frutas, plantas medicinais, feijão, milho, mandioca e açúcar-mascavo. Na produção animal, estão leite, ovos e frangos.
Despontam na produção de orgânicos a Região Metropolitana de Curitiba, o Noroeste com referência Maringá, o Oeste com Francisco Beltrão, Ponta Grossa, União da Vitória, Litoral e o Centro com Ivaiporã, abrangendo o Vale do Ivaí, que já tem promessa de contar a partir de 2007 com a primeira unidade do Ceasa, centralizando a distribuição dos orgânicos para o Paraná e o Brasil, anuncia o prefeito municipal Célio Pereira.