SAÚDE ALIMENTAR

Rotulagem será obrigatória para mais 11 tipos de frutas, verduras e legumes
09/12/2015 - 09:30

 A partir do dia 17 de dezembro mais 11 produtos entram na lista do Programa Alimento Rastreado, que exige a rotulagem de frutas, verduras e legumes disponíveis à venda no comércio paranaense. Com isso, o consumidor terá acesso a informações sobre a procedência de alimentos como abacaxi, abobrinha, aipim, alface, batata, chuchu, goiaba, mamão, melancia, pepino e pimentão.

Esta é a segunda etapa do programa. Desde dezembro de 2014, a medida já está em vigor para o comércio de laranja, cebola, cenoura, couve-flor, maçã, morango, repolho, banana, tomate e uva. “O objetivo é garantir a rastreabilidade dos alimentos em toda a cadeia produtiva, do campo à mesa do consumidor”, disse o chefe do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana.

Agricultores, atacadistas e comerciantes das cinco unidades da empresa no Estado, em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu já participaram das reuniões promovidas pela Ceasa Paraná, em conjunto com a Faep, Secretaria da Saúde, entre outras entidades.. Além disso, foram feitas palestras para técnicos agrícolas e de cooperativas de produtores, engenheiros agrônomos e outros agentes da área agrocomercial .
 
“Boa parte dos permissionários e agricultores, que atuam nos nossos atacados, já estão se adaptando a esse programa, e também nas boas praticas de comercialização de hortigranjeiros. Estamos trabalhando no sentido de dar orientações e maior visibilidade não só para o alimentos seguro, como também valorizando os setores produtivos e de comercalização de frutas e verduras”, diz Eder Eduardo Bublitz, diretor técnico da Ceasa Paraná.

A rotulagem facilita a responsabilização dos produtores cujo alimento esteja fora dos padrões de qualidade estabelecidos pela Vigilância Sanitária. “Sabendo de onde veio o produto irregular, podemos autuar os responsáveis e evitar que aquele alimento prejudicial à saúde da população continue no mercado”, explicou Paulo Costa Santana.

Atualmente, estima-se que 26% dos alimentos hortifrutigranjeiros vendidos ao consumidor apresentem níveis elevados de resíduos de agrotóxicos. Dependendo do tempo e do grau de exposição, essas substâncias tóxicas podem oferecer sérios riscos à saúde humana.

Pioneiro – Frente à dificuldade de se identificar a origem dos produtos nas gôndolas, o Paraná foi o primeiro Estado do país a implantar a rotulagem de vegetais, seja ele in natura, embalado ou a granel. A Secretaria de Estado da Saúde elaborou um rótulo padrão para auxiliar os comerciantes na sinalização adequada dos produtos.

“O rótulo deve conter minimamente informações sobre o nome do produto, a procedência e a identificação do fornecedor, com CPF/CNPJ, Razão Social e Nome Fantasia”, afirmou o técnico do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Marcos Andersen.

Números
– De acordo com o relatório parcial da Vigilância Sanitária Estadual, em quase um ano de validade mais de 1,3 mil estabelecimentos foram fiscalizados para averiguar o cumprimento da norma. Deste total, 469 não estavam em conformidade com as exigências e foram orientados a se adequar. 74 deles tiveram que ser notificados e receberam um auto de infração.

Orientação – A Secretaria Estadual da Saúde promoveu na segunda-feira (7) videoconferência para orientar os municípios sobre o início da segunda etapa da fiscalização. A intenção é aumentar o volume de inspeções e ações educativas desenvolvidas neste período. Cerca de 226 profissionais de 12 regionais de saúde e 126 municípios participaram da transmissão.

Durante o evento, foi informado ainda que o Governo do Paraná vai ampliar o número de análises laboratoriais de alimentos vegetais coletados no comércio. A partir de 2016, serão processadas aproximadamente mil amostras por ano, 700 a mais do que realizado em 2015.

O Programa Alimento Rastreado – Mais Saúde na Mesa dos Paranaenses é coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde e conta com a parceria de mais 11 instituições. São elas: Ministério Público do Paraná, Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, Emater, Ceasa Paraná, Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Associação Paranaense de Supermercados (Apras) e Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba.

Rotulagem
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Oficina x Maringá
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