Após receberem informações sobre o funcionamento e dos sistemas de comercialização de hortigranjeiros da Ceasa, a excursão técnica catarinense percorreu as instalações dos mercados atacadista, do produtor e de flores, onde também mantiveram contatos com os permissionários e agricultores que atuam na unidade. Depois o grupo acompanhou o trabalho do programa Banco de Alimentos desenvolvido pela empresa em conjunto com os permissionários e agricultores cadastrados.

“São filhos de agricultores que participam de um curso sobre empreendedorismo rural coordenado pela Epagri. Eles buscam associar suas atividades nas propriedades rurais, com assuntos relacionados as formas de comercialização da Ceasa realizados pelos permissionários atacadistas e os produtores que atuam na empresa, assim como junto aos compradores”, disse Joarez Miranda, lembrando que a unidade é um dos principais centros de referência no mercado de hortigranjeiros no país.

Os 16 estudantes, com idades entre 19 e 25 anos, dos municípios de Massaranduba, Jaraguá do Sul, Araquari, Guaramirim, Garuva, Joinville e São Francisco do Sul, buscam também ampliar as atividades que já realizam em suas propriedades. “Eles já atuam junto ao agronegócio, e na agricultura familiar. Foram esclarecidas dúvidas sobre a comercialização, de como é feito o desdobramento das cargas no atacado, e a dinâmica da formação das cotações dos hortigranjeiros no mercado conforme a sua sazonalidade”, explicou Paulo Ikeda, técnico da Ceasa de Curitiba.

Intercâmbio e conhecimento na prática

Os responsáveis pela visita da Epagri, Roberta Ramos, extensionista social, e Cláudio Sérgio de Sousa, extensionista rural do órgão, e coordenador do curso, “esse intercâmbio faz parte do currículo do curso”. Os estudantes recebem instruções técnicas sobre determinadas culturas e áreas da agricultura. Depois vão a campo para receberem as orientações e conhecerem na prática aquilo que aprenderam em sala de aula. Essas ações são feitas normalmente em três dias.

“O conhecimento adquirido na vinda a Ceasa de Curitiba foi muito importante, e atingiu nossos objetivos. Esse contato proporcionou aos jovens uma visão macro do que acontece com seus produtos após saírem da propriedade, como ele chega no atacado, a logística da distribuição, a negociação com os compradores, e o destino para o varejo”, disse Cláudio Sérgio.

O coordenador do curso destacou ainda “a nova percepção que os estudantes receberam para adotarem também uma melhor apresentação dos seus produtos tanto na qualidade, como na apresentação e embalagem”. “A importância na rastreabilidade, que já está sendo colocada em prática no Paraná, foi muito enriquecedora na avaliação que fizemos depois na conversa com os alunos”, afirmou Cláudio Sérgio de Sousa.