Paraná tem trabalho inédito em rastreabilidade 03/09/2012 - 14:00

O promotor de Justiça de Defesa do Consumidor Maximiliano Ribeiro Deliberador, apresentou dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA, que apontam o uso excessivo de agrotóxicos no País. “A identificação da origem dos alimentos, através da rotulagem correta, vai permitir uma ação de controle maior”, afirmou Deliberador. Será feito um monitoramento também para a ausência de contaminantes físicos e biológicos.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, Ciro Expedito Scheraiber, explicou que o MP objetiva uma ação social de educação e conscientização do setor de produção, “partindo-se do princípio de bons propósitos na reeducação desses produtores. O aspecto punitivo continua sendo a última opção. Os trabalhos serão conduzidos na Ceasa, por se constituir num dos pontos de maior convergência e distribuição desses alimentos desde as zonas de produção, passando pelos empresários atacadistas, varejistas e população.”

Para Gusi, identificar a origem dos produtos é o primeiro passo. “A realidade é que nenhuma região é autosuficiente na produção de todos alimentos que consome, e as transferências são importantes para manutenção da oferta de toda gama de produtos. Passam pela Ceasa hortigranjeiros vindos de mil e trezentos localidades do Brasil, além de importações de dez países e transferências entre as setenta e duas Ceasas nacionais. É importante que a toda a cadeia produtiva esteja preparada para atender as exigências de rotulagem” , informou.
CINCO PRODUTOS- A questão do alimento seguro ganhou nova configuração a partir da assinatura do Termo de Cooperação Técnica assinado em março último, sob coordenação do Ministério Público.
Segundo acordado, foram selecionadas cinco frutas (morango, uva, banana, mamão e maça), por apresentarem padrões mínimos de rastreabilidade, para serem submetidos a testes de laboratórios para verificação dos níveis de conformidade. Os laboratórios credenciados, entre eles o Lacen - Laboratório Central - da Secretaria da Saúde - vão coletar amostras e divulgar o resultado dos testes, para verificar se os produtos enviados à Ceasa de Curitiba estão dentro dos padrões.
PARCERIA PUBLICA/ PRIVADA- Assinaram o Termo de Cooperação Técnica Alimento Seguro as Secretarias de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), da Saúde (Sesa), Secretaria Municipal de Saúde (Sms) Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-Pr), Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (Cpra), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estados do Paraná (Fetaep), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e Centrais de Abastecimento do Paraná S/A (Ceasa).

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